Governo
Silveira adverte nova presidente da Petrobras: “É o líder quem decide”
Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, afirmou que espera de Magda Chambriard “coragem para fazer acontecer”
Visto como uma das razões para a queda de Jean Paul Prates da Petrobras, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a próxima comandante da estatal precisa saber que o líder é quem manda, e o líder é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). E que espera coragem de Magda Chambriard.
O nome de Chambriard foi aprovado nessa quarta-feira (22/5). Ela deve tomar posse nesta sexta (24/5).
“Se eu fosse o presidente da Petrobras, me preocuparia muito pouco em falar para fora. Eu me dedicaria à gestão da empresa e me preocuparia em me relacionar bem com o acionista controlador. Esse é o desafio”, apontou Silveira em entrevista a O Globo.
Perguntado se esse seria o conselho dado a Chambriard, o ministro afirmou que não era preciso porque “ela lê jornal”, mas que havia falado isso para Prates.
“É impossível você aceitar um convite pensando diferente de quem te convidou. Não necessariamente precisa estar completamente alinhado, mas tem que ter humildade de saber que quem decide é ele. É o líder quem decide”, continuou.
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Silveira fala das pautas
Na entrevista, ele deixou claro que a pauta da estatal deve continuar sendo a ampliação em gás, fertilizantes e refinarias. Mas também destacou que a queda de Prates veio por mais motivos: “Um avião não cai por um motivo só. O presidente tomou a decisão por um conjunto de questões. A Petrobras não vai ter nenhum solavanco”.
Em crítica nem tão velada assim, o ministro afirmou que Chambriard terá que tomar decisões diferentes de Prates. Afirmou que, quando mulheres pegam missões desse tipo, unem o zelo com a autoridade.
“Percebi nela disposição, sensibilidade e autoridade para executar as coisas da forma que devem ser executadas”, elogiou na entrevista.
E também disse acreditar que a nova presidente deve ter “humildade para ouvir todo mundo e dialogar”. “Deus nos deu dois ouvidos para ouvir, nos deu discernimento para decidir e nos deu – pelo menos, à maioria – coragem para fazer acontecer. E é isso que a gente espera da presidente da Petrobras”, disse.
Metrópoles
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