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Focos de incêndio na Mata Atlântica do RJ aumentam 440% em 2024

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Em escala nacional, as queimadas no bioma aumentaram em 42%
O número de focos de incêndio na Mata Atlântica aumentou 42% entre 1º de janeiro e 21 de junho, em comparação ao mesmo período de 2023.

De acordo com o Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de incêndios aumentou de 2.527 para 3.571.

A situação no Rio de Janeiro é ainda mais preocupante, apresentando um aumento de 440% em comparação com o ano anterior, sendo a maior parte desse aumento concentrado em junho.

Entre 1º e 21 de junho, houve 110 focos de incêndio no Estado, um aumento significativo comparado aos 16 do mesmo período do ano passado. A “estação seca”, que aumenta o risco de incêndios, se estende até setembro.

Incêndios devastam áreas de preservação
O Parque Nacional do Itatiaia foi palco de um dos incêndios mais devastadores, resultando na destruição de mais de 300 hectares de uma região repleta de plantas raras. Observou-se um aumento nos focos de incêndio em áreas naturais do bioma da Mata Atlântica, passando de 472 para 1.009 no mesmo intervalo de tempo.

O biólogo Izar Aximoff, especialista em estudos sobre os impactos do fogo, enfatiza a seriedade do problema:“Quando uma área queima, a vida não volta facilmente”, explicou ao jornal O Globo. “Nos domínios da Mata Atlântica vivem 70% dos brasileiros, sendo o bioma fundamental para o clima e a água”.

Mesmo com apenas pequenos fragmentos restantes, a Mata Atlântica continua sendo um refúgio para uma vasta biodiversidade. Conforme o atlas do bioma criado pelo Inpe e SOS Mata Atlântica, apenas 24% do bioma permanece, levando em conta as áreas de floresta com mais de 1 hectare. Esse número diminui para 7% se considerarmos apenas a floresta contínua com mais de 100 hectares.

 

A maior parte dos incêndios na Mata Atlântica e em outros biomas, mais de 90%, têm origem humana, seja ela intencional ou não. O fogo que arrasou mais de 300 hectares do Parque Nacional do Itatiaia teve início numa área isolada destinada ao treinamento de cadetes do Exército. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público Federal. As informações são da Revista Oeste.



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