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Lula se reúne com reitores para encerrar greve de professores federais

Greve nas federais completa 50 dias. Governo Lula tentou negociação nas últimas semanas, mas maioria das entidades não concorda com acordo

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve se reunir com reitores das universidades federais e dos institutos federais (IFs) na quinta-feira (6/6). Esse encontro ocorrerá dias após a polêmica na negociação de salários dos professores do ensino superior e uma greve que completa 50 dias, nesta terça-feira (4/6).

O Metrópoles apurou que possíveis temas da reunião são: greve e a negociação do reajuste salarial dos professores de universidades e institutos federais, além dos repasses do governo para o ensino superior, como nas áreas de pesquisa, ensino e estrutura.

O governo Lula sofre pressão da área da educação superior, que constantemente reclama da falta de ações, projetos e repasse para as instituições públicas de ensino superior. Além do reajuste e reestruturação da carreira, eles pedem que exista mais investimento nas universidades e IFs — alegando a falta de recursos para desenvolver pesquisas e até manter os locais de ensino abertos.

O governo se reuniu nessa segunda-feira (3/6) com entidades, mas adiantou que não haveria reajuste neste ano para nenhuma categoria. Ao fim da mesa de debate sobre a contraproposta das entidades que não assinaram o acordo, o MGI e o Ministério da Educação (MEC) informaram que não existe mais espaço orçamentário para negociação.

As entidades endossaram a continuidade da greve até que todas as medidas sejam contempladas. O governo, por meio do MGI, afirmou que seguirá com as discussões, sem definir uma nova data de reunião.

Conforme levantamento do Andes-SN, estão em greve 58 universidades federais, três institutos federais e dois centros federais de educação tecnológica (CEFETs). O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) contabiliza que, dos 660 campi, 580 estão parados até o momento.

O reajuste salarial e a greve
Na última semana, o governo federal, por meio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), chegou a assinar um acordo de reajuste salarial com professores de universidades e IFs de apenas uma entidade, a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes). Enquanto as demais instituições não aderiram, entre elas o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN).

Contudo, essa medida foi suspensa pela 3ª Vara Federal de Sergipe, que argumentou que os professores que não se sentem representados pela entidade serão prejudicados pelo acordo firmado entre a Proifes e o governo Lula.

O governo prevê reajuste em duas parcelas: 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026, além da reestruturação na progressão entre os diferentes níveis da carreira. O acordo terá impacto fiscal de R$ 6,2 bilhões em dois anos.

Para a Proifes-Federação, o documento assinado não foi o melhor acordo, mas o possível. Por outro lado, Gustavo Seferian, presidente do Andes-SN, acusou o governo Lula de promover uma negociação “antidemocrática” e criticou a atuação dos ministros da Educação e da área econômica.

Governo mantém mesma proposta com professores
O governo federal e entidades sindicais que representam os servidores da educação realizaram mais uma reunião, nesta segunda-feira (3/6), para chegarem a um acordo referente ao reajuste salarial da categoria.

No entanto, as entidades afirmaram que a proposta do governo segue inalterada e, por isso, não a aceitaram. Após a reunião, o Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) em Serviços Públicos afirmou que seguirá com as discussões, sem definir nova data de reunião.

A proposta realizada pelos servidores ao governo Lula é de reajuste salarial em 3,69%, em agosto de 2024; 9%; em janeiro de 2025; e 5,16%, em maio de 2026. Porém, o MGI afirma não ter mais espaço no orçamento para dar o aumento ainda neste ano e propõe dois reajustes, o de 9%, em 2025, e de 3,5%, em 2026.

 



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