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Operação da Polícia de São Paulo mira rede de hotéis usados pelo PCC

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A Polícia de São Paulo deflagrou nesta quinta-feira, 13, a segunda fase da Operação Downtown, visando desmantelar uma rede de 78 hotéis e hospedarias no centro da cidade, utilizados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para sustentar o tráfico de drogas na região.

A Justiça emitiu 124 mandados de busca e apreensão para endereços no centro de São Paulo e ordenou a interdição de 26 hospedarias clandestinas, cada uma avaliada em 200 mil reais. Além disso, foram bloqueados os valores encontrados em 28 contas bancárias, conforme registrado pelo Estadão.

Participam da operação 600 policiais civis e guardas metropolitanos.

“O tráfico de drogas no centro histórico da capital só se sustenta em grande escala através do uso de hospedarias. Elas são fundamentais para o esquema”, afirmou o delegado Fernando José Santiago, responsável pelas investigações.

Para dificultar a identificação dos criminosos, alguns hotéis foram registrados em nome de laranjas, como Genário José de Oliveira, porteiro de um hotel que aparece como proprietário de uma hospedaria no Largo General Osório.

A polícia afirmou que os donos das hospedarias não são diretamente ligados ao PCC, mas permitem que drogas sejam armazenadas em quartos e são pagos por este serviço “terceirizado”.

De acordo com o jornal, todas as hospedarias e hotéis investigados têm denúncias de tráfico de drogas ou prostituição.

Os traficantes, segundo a polícia, controlam até mesmo o espaço nas ruas ocupado por usuários de drogas e os locais de venda. Registros da Polícia Civil mostram que 80% dos flagrantes de tráfico de drogas no centro de São Paulo entre janeiro e julho de 2021 ocorreram em pensões e hotéis ou em frente a eles.

O número de apreensões e prisões resultantes da operação será divulgado ao longo desta quinta-feira, após a conclusão da operação.

 



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