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‘Ela vai incentivar outras gerações de mulheres’, diz irmã de Bia Haddad, 1ª brasileira em semifinal do Roland Garros em 55 anos

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O marco histórico de Bia Haddad ao se tornar a primeira brasileira na semifinal do Roland Garros em 55 anos, em Paris, deixou a família da paulistana emocionada nesta quarta-feira (7) e com mais expectativa dela conquistar vitória na final.

Bia nunca havia passado da segunda rodada em um Grand Slam. Até então, a última tenista do Brasil a ir tão longe tinha sido Maria Esther Bueno, em 1968(saiba mais abaixo).

“Ela estava muito determinada e sempre foca nos objetivos. Na realidade, sempre foi muito determinada. A gente sabia que ela podia chegar à semifinal, mas quando acontece a emoção é muito grande. Cada jogo é uma emoção, um frio na barriga. É até difícil descrever em palavras o que estamos sentindo. Muito orgulho mesmo”, afirmou a irmã de Bia, Andrea Haddad.

A família da tenista é de São Paulo e envolvida com o esporte há anos. Segundo Andrea, quem foi a responsável por apresentar o tênis para Bia foi a avó, Arlette Scaff Haddad, de 89 anos. Arlette e o marido, Ramez Haddad, sempre acompanham os jogos da neta, e não foi diferente nesta quarta.

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“Ela [avó] começou a jogar e apresentou o tênis para minha mãe e tias. Hoje minha mãe é instrutora. Consequentemente, eu e minha irmã tivemos contato também com o tênis. Mas a Bia sempre se destacou muito no esporte. Começou com 4 anos e se apaixonou”.

“Tenho certeza que essa vitória vai incentivar outras gerações de mulheres e a Bia vai fazer de tudo para ajudar outras tenistas e incentivar o esporte no Brasil. É algo que ela luta bastante, inclusive por isso sempre usa a frase ‘keep fighting’. Meus avós acompanham todos jogos e tenho certeza que se emocionaram muito quando viram a vitória da Bia, principalmente minha avó”.

Avós de Bia Haddad assistindo vitória da neta nesta quarta-feira (7) em SP — Foto: Arquivo Pessoal

Avós de Bia Haddad assistindo vitória da neta nesta quarta-feira (7) em SP — Foto: Arquivo Pessoal

A irmã de Bia também contou que a tenista até chegou a fazer outros esportes na infância, mas não se apaixonou tanto quanto foi pelo tênis.

“A nossa família sempre foi ligada ao esporte. Meu avô foi jogador de basquete. Então, a Bia fez natação, judô, mas com o tênis foi diferente. Está no sangue dela mesmo”.

Fora das quadras, a paixão de Bia se tornou a música e pintura, contou Andrea.

“Ela toca violão e piano. Piano, inclusive, aprendeu com a minha avó. Além da música, ela descobriu que tem o dom de pintar e usa a arte como um hobby. Outra paixão dela fora dos torneios é estar sempre junto com a família. Ela faz questão”, diz a irmã.

Bia Haddad com a avó Arlette — Foto: Reprodução/Instagram

Bia Haddad com a avó Arlette — Foto: Reprodução/Instagram

Virada histórica

 

A tenista brasileira Bia Haddad durante o confronto contra a tunisiana Ons Jabeur pelas quartas de final do torneio de Roland Garros, em Paris, no dia 7 de junho de 2023 — Foto: Emmanuel Dunand/AFP

A tenista brasileira Bia Haddad durante o confronto contra a tunisiana Ons Jabeur pelas quartas de final do torneio de Roland Garros, em Paris, no dia 7 de junho de 2023 — Foto: Emmanuel Dunand/AFP

Bia Haddad enfrentou uma rival difícil nesta quarta, a tenista Ons Jabeur, conhecida como uma das jogadoras mais talentosas do circuito e que só havia perdido um set em Paris. Ao superar um início de muitos erros, a brasileira foi ao limite para virar o jogo contra a número 7 do mundo.

Em 2 sets a 1, parciais 3/6, 7/6 (5), ela venceu a tunisiana. Bia, que nunca havia passado da segunda rodada em um Grand Slam, avançou a uma histórica semifinal em Roland Garros.

Após vencer, a tenista aparece falando ‘estou na semifinal’, ainda tentando acreditar no marco histórico. Em seguida, enviou um recado ao técnico Rafael Paciaroni: “Essa p*** é nossa”.

Agora, Bia vai enfrentar a polonesa Iga Swiatek na semifinal, a atual número 1 do mundo, nesta quinta-feira (8), por volta de 11h.

 



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