Justiça mantém prisão temporária de suspeito de matar o ator Jeff Machado em audiência de custódia

A Justiça manteve a prisão temporária de 30 dias de Bruno Rodrigues, apontado como principal suspeito de matar o ator Jeff Machado, durante a audiência de custódia no presídio de Benfica, zona norte do Rio de Janeiro, neste sábado (17).

Durante a sessão, o juiz Rafael Resende não viu qualquer ilegalidade no cumprimento do mandado de prisão, segundo informações do advogado que representa a família da vítima.

O advogado de Bruno, João Maia, afirmou ter entrado com um pedido de habeas corpus em razão de a audiência não ter sido realizada no prazo de 24 horas, conforme determina a lei — o que foi rejeitado pela Justiça.

Bruno teve a prisão decretada no último dia 1°. Depois de duas semanas foragido, ele foi localizado em um hostel na comunidade do Vidigal, zona sul do Rio, na quinta (15).

A expectativa do representante da família do ator, Jairo Magalhães, é que, ao concluir o inquérito policial, a delegada Ellen Souto, responsável pela investigação do caso, peça à Justiça a prisão preventiva (sem prazo) do suspeito.

Bruno vai responder por outros crimes
Ontem, a polícia confirmou que, além de ser indiciado pela morte e a ocultação do cadáver do ator, Bruno também vai responder pelos crimes de estelionato e maus-tratos a animais.

O produtor é suspeito de ter abandonado os oito cães da raça setter inglês que eram do ator em bairros da zona oeste do Rio.

As investigações indicaram que o assassinato foi motivado pela falsa promessa de um trabalho na TV. Jeff pagou quase R$ 20 mil a Bruno por um papel em uma novela. Mas, segundo a polícia, a oportunidade nunca existiu.

O crime ocorreu em janeiro deste ano, mas o corpo só foi encontrado quatro meses depois. Ele estava amarrado dentro de um baú enterrado em uma casa em Campo Grande, na zona oeste da cidade.

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A polícia descobriu que o imóvel havia sido alugado por Bruno, que até então se dizia amigo de Jeff e que chegou a ajudar a família a registrar o desaparecimento dele.

Os investigadores apontaram que Bruno cometeu o crime com a ajuda de Jeander Vinícius, preso no dia 2 de junho. Em depoimento, ele revelou que Jeff foi dopado e estrangulado com um fio de telefone.

A defesa de Bruno admite que o cliente participou do crime de ocultação de cadáver. Segundo os advogados, o produtor acusa outro homem de ser o responsável pelo crime. No entanto,  a polícia afirma que a versão é fantasiosa.