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Justiça

Sergio Rial e João Guerra viram réus em processo sobre Americanas

Ação trata da comunicação ao mercado de inconsistências contábeis da varejista, de R$ 20 bilhões, encontradas em janeiro

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A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) tornou Sergio Rial e João Guerra, dois ex-presidentes da Americanas, réus em processo ligado à comunicação das inconsistências contábeis da varejista, conforme dados disponíveis no site do órgão regulador, consultados nesta segunda-feira (5). As informações são públicas e revelam os artigos legais e e resoluções do órgão que eles são acusados de infringir.

A Americanas não respondeu imediatamente a pedido de comentário sobre a acusação a Guerra, que ainda é diretor da companhia. Rial também não respondeu de imediato à consulta via LinkedIn.

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Os dois são acusados de infringir determinações da Lei das S.A. Rial é acusado de descumprir trecho sobre guardar sigilo sobre qualquer informação que ainda não tenha sido divulgada para conhecimento do mercado. Já Guerra é acusado de infringir artigo sobre a obrigação de administradores de uma companhia de comunicar qualquer fato relevante ocorrido nos seus negócios.

Além disso, Rial é acusado de infringir um total de três artigos de duas resoluções da CVM, enquanto Guerra é acusado de descumprir dois artigos de uma resolução.

A Americanas revelou a descoberta de inconsistências contábeis da ordem de cerca de 20 bilhões de reais na noite de 11 de janeiro deste ano, por meio de fato relevante. O documento também trazia, entre outros pontos, a renúncia de Sergio Rial ao comando da varejista, posição que tinha assumido dias antes.

Rial participou de uma conferência fechada organizada por um banco privado na manhã seguinte sobre os problemas contábeis divulgados pela companhia.

O fato relevante do dia 11 de janeiro também anunciava que Guerra assumiria os postos de presidente e diretor de relações com investidores interinamente. Ele deixou ambos os cargos em fevereiro, voltando a ocupar a diretoria não estatutária de recursos humanos.

O órgão regulador começou a citar os acusados na sexta-feira passada, segundo as informações em seu site.

O rombo contábil iniciou uma crise na Americanas, que levou a empresa a pedir recuperação judicial.



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