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Direitos Humanos

Sacerdote LGBT é convidado pelo Papa Francisco para Sínodo da Igreja

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O Vaticano apresentou nesta sexta-feira (7) a lista dos participantes da próxima assembleia do Sínodo dos Bispos, que ocorrerá em outubro, e entre eles estão, pela primeira vez, mulheres e leigos com direito a voto. No entanto, também participarão – embora sem direito a voto – James Martin, um jesuíta americano próximo à comunidade LGBT, e Luca Casarini, um ativista antiglobalização e responsável por uma ONG de resgate de migrantes, entre outros.

O padre Martin é um sacerdote jesuíta, editor-chefe da revista America e fundador do Outreach, um ministério para a comunidade LGBT. Desde 2017, ele tem atuado como consultor do Dicastério para as Comunicações do Vaticano.
“Me sinto honrado por ser convidado pelo Santo Padre a participar do Sínodo”, disse o religioso. “Como jesuíta, estou comprometido com esse tipo de discernimento em grupo e espero descobrir o que o Espírito Santo reserva para o sínodo e para a igreja”, acrescentou.

“Tem sido uma equipe diversa de pessoas que ajudam em tudo isso, além da nossa equipe na América: jesuítas, mas também homens e mulheres laicos católicos LGBTQ, todos os quais estão comprometidos em tornar a igreja um lugar mais acolhedor”, diz o padre Martin em um de seus escritos no site Outreach, que se dedica a oferecer notícias, ensaios e recursos para a comunidade de católicos LGBTQ e suas famílias.

O padre Martin é autor de muitos livros, incluindo “Construindo uma ponte: como a Igreja católica e a comunidade LGBT podem entrar em uma relação de respeito, compaixão e sensibilidade”.

 

Um Sínodo diferente

Incluindo o Papa Francisco, há 364 membros com direito a voto na reunião programada para outubro, incluindo 54 mulheres, e estima-se que o número total de membros da assembleia seja de aproximadamente 400, embora isso seja concluído nos próximos dias.

Nessas reuniões, o Papa Francisco permitirá, com uma decisão revolucionária, que as mulheres e os leigos eleitos possam votar pela primeira vez, um direito que até agora era concedido apenas aos prelados quando o documento final era decidido.

O Sínodo que está sendo preparado nos últimos anos culminará com duas reuniões em Roma em outubro de 2023 e 2024.

Hoje também foi divulgado que entre os nove presidentes da assembleia estão duas mulheres, a religiosa mexicana María de los Dolores Palencia e a japonesa Momoko Nishimura, além de outras cinco mulheres entre os dez representantes das Uniões de Superiores e Superioras Gerais.



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