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Política

RELEMBRE: General Eduardo Villas Bôas, revelou que antes do impeachment de Dilma, Exército foi sondado para decretar estado de defesa

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O General Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército durante os governos de Dilma Rousseff e Michel Temer, revelou que, nos dias que antecederam o impeachment de Dilma Rousseff, políticos de esquerda sondaram a instituição sobre a possibilidade de apoiar a decretação de estado de defesa. A informação foi divulgada em entrevistas concedidas à VEJA e ao jornal O Globo em 2017 e 2019.

O estado de defesa é uma medida constitucional que restringe temporariamente direitos e garantias dos cidadãos, como o direito de reunião e de comunicação, visando preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.

Villas Bôas não especificou quais políticos fizeram a consulta, mas afirmou que as Forças Armadas ficaram “alarmadas” com a perspectiva de serem empregadas para “conter as manifestações que ocorriam contra o governo”. Ele expressou preocupação com o “perigo” de surgir líderes populistas no país com discursos “politicamente incorretíssimos, mas que correspondem ao inconformismo das pessoas”.

A ex-presidente Dilma Rousseff, por sua vez, negou as acusações e disse que nunca considerou tal intervenção antidemocrática. Ela afirmou: “Jamais pensei, avaliei, considerei, fui sondada para qualquer possibilidade ou alternativa, mesmo que remota, a esse tipo intervenção antidemocrática. Os golpistas são aqueles que apoiaram a nova forma de golpe, ou seja, um processo de impeachment, sem crime de responsabilidade e o meu consequente afastamento da Presidência da República”.

Dilma também questionou o motivo de o General Villas Bôas não ter informado as autoridades superiores sobre a sondagem e cobrou que ele revele o nome dos parlamentares envolvidos para que as devidas providências sejam tomadas. “Se isso ocorreu é imprescindível o nome dos deputados pois que eles devem esclarecimentos ao País. Caso contrário, a responsabilidade cabe ao general e à sua assessoria parlamentar”, declarou a ex-presidente.

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