Conecte-se conosco

Mundo

Terremoto no Marrocos: Hotel de Cristiano Ronaldo é usado como abrigo

Pestana CR7, situado em Marrakech, recebeu moradores e turistas que passaram a noite nas ruas da cidade após o abalo sísmico de magnitude 6.8

Publicado

em

O hotel de Cristiano Ronaldo situado na grande Marrakech vem sendo usado de abrigo para turistas e moradores após um terremoto, com epicentro perto dessa cidade turística, deixar mais de 2 mil mortos.

De acordo com os jornais portugueses A Bola e Record, neste momento já não há mais quartos disponíveis no estabelecimento. A rede de televisão espanhola RTVE acrescentou que o hotel Pestana CR7 abriu suas portas para abrigar desalojados após um pedido das autoridades locais, uma vez que turistas e moradores pernoitaram nas ruas.

— Começamos a procurar voos, que esgotaram num instante. Tivemos de pagar uns 1.000 euros por um voo para tentar ir embora antes, porque íamos embora na quarta-feira. Com os hotéis é o mesmo. Tivemos de vir para a zona nova de Marrakech, onde há mais hotéis de luxo, por assim dizer. Agora conseguimos que o hotel do Cristiano Ronaldo, que está nessa zona, nos dê um quarto — relatou a espanhola Irene Seixas, à RTVE. — Estávamos à espera. Dormimos toda a noite na rua e às sete da manhã disseram-nos que sim, que podíamos ir para lá [o hotel de CR7]. Ficamos num espaço com muitas pessoas de diferentes países, à espera de ter um quarto, pois a última noite dormimos todos na rua — acrescentou Irene.

O forte abalo sísmico de sexta-feira, que ocorreu às 23h11 (horário local) a 18,5 km de profundidade e com epicentro na Cordilheira do Atlas, a 71 km a sudoeste de Marrakech, atingiu as medinas densamente povoadas da cidade turística e principalmente seu interior rural montanhoso e de difícil acesso, onde construções de barro tremeram, racharam e desabaram.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, “não há, até o momento, notícia de brasileiros mortos ou feridos”.

O Marrocos declarou neste sábado três dias de luto nacional após o forte terremoto que abalou o país. “Decidimos um luto nacional de três dias, com bandeiras a meio mastro em todos os edifícios públicos”, afirmou a casa real em comunicado, publicado pela agência marroquina MAP, após uma reunião presidida pelo rei Mohamed VI.

O tremor provocou o desabamento de vários edifícios, principalmente nas províncias e municípios de Al-Haouz, Tarundant, Chichaoua, Ouarzazate e Marrakech, uma popular cidade turística com 840 mil habitantes. As mulharas históricas da cidade, primeiramente construídas no início do século 12, ficaram danificadas.

O terremoto foi sentido até na capital Rabat, a centenas de quilômetros de distância, em cidades costeiras como Casablanca ou Essaouira e mesmo em várias províncias do oeste da vizinha Argélia, onde as autoridades descartaram danos ou vítimas.

Na cidade de Moulay Brahim, em Al-Haouz, as equipes de resgate trabalhavam neste sábado em busca de sobreviventes nos escombros. Perto dali, vizinhos cavavam valas em uma colina para enterrar as vítimas, segundo uma equipe da AFP presente no local.

As autoridades mobilizaram “todos os recursos necessários para intervir e ajudar nas zonas afetadas”, disse o Ministério do Interior. Já o Exército marroquino mobilizou “importantes recursos humanos e logísticos, aéreos e terrestres”, como equipes de busca e resgate e um hospital de campanha em Al-Haouz, informou a agência estatal de notícias MAP. Por causa do “enorme fluxo” de feridos nos hospital de Marrakech, o centro de transfusão de sangue local lançou um apelo por doações.



Clique para comentar

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

+ Acessadas da Semana