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Educação

Justiça ordena avaliação presencial de aluno barrado por cota racial

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A Justiça determinou que a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) faça uma avaliação presencial do entregador de aplicativo Mabson dos Santos, que teve a aprovação por cotas raciais negadas pela instituição. A decisão foi assinada na quinta-feira (1º/2). No último dia 26, a coluna mostrou que Santos acusou a UFU de discriminação racial e acionou a Justiça.

O juiz federal Osmane Antonio dos Santos considerou que as características de Santos como pessoa negra “parecem saltar aos olhos”. A defesa de Mabson dos Santos afirmou que a UFU só o avaliou com base em fotos e vídeos de baixa qualidade, sem justificar a decisão. O magistrado escreveu que o exame presencial consta do edital e é “indiscutivelmente necessária” para o caso.

As aulas na UFU começaram há um mês. Mabson dos Santos, de 29 anos, fez o vestibular para educação física. Sua defesa, liderada pela entidade Rede Liberdade, afirmou que ele já estaria na universidade caso tivesse se inscrito apenas pelas cotas destinadas a estudantes do ensino médio de escola pública e de baixa renda.

“Sou um homem preto. Na minha realidade, enfrento diariamente o racismo pelo meu fenótipo. Na hora de ser reconhecido como homem preto por direito, não fui”, afirmou o entregador de aplicativo, acrescentando que se dedicou aos estudos do vestibular durante todo o ano passado.

Mabson dos Santos



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