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Política

Lula na Liga Árabe, grupo sem coesão, nem utilidade

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O presidente Lula deve discursar na sede da Liga Árabe, no Cairo, na quinta, 15, durante sua viagem pela África. A guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas certamente deve entrar na sua fala.

Mas a Liga Árabe, criada em 1945 pelos países árabes do Oriente Médio e do norte da África, só teve uma atuação coesa em seus primórdios. Mesmo assim, nunca foi efetiva em algum conflito regional.

O que unia a Liga Árabe no seu início era o sentimento anti-Israel. Assim que os israelenses proclamaram o seu Estado após a decisão da ONU, de 1947, os países árabes tentaram destrui-lo.

“Estabelecimento de seu Estado“

O secretário-geral da Liga Árabe, Abdul Rahman Hassan, deixou a Assembleia Geral da ONU advertindo os judeus de que “até o último momento, e além dele, eles (os árabes) vão lutar para evitar o estabelecimento de seu Estado. Em nenhuma circunstância eles concordarão com isso“.

Mas a guerra que os árabes travaram para destruir o Estado judeu não acabou bem para eles e gerou novos conflitos desastrosos, como a Guerra dos Seis Dias (1967) e a Guerra do Yom Kippur (1973).

Derrotado nessa última, o Egito preferiu assinar um acordo de paz com Israel, em 1979.

 

Cisão na Liga Árabe

Foi então que ocorreu a primeira importante cisão na Liga Árabe, porque o Egito foi expulso do grupo e a sede, que ficava no Cairo, foi transferida para a Tunísia.

Divisões entre os membros da Liga Árabe foram constantes ao longo das décadas seguintes. Quando o Iraque invadiu o Kuwait, em 1990, vários países deram apoio aos americanos contra o ditador Saddam Hussein. Quando o ditador sírio Bashar Assad começou a…

Revista Cruzoé

 



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