Política
PF ouve ao mesmo tempo Bolsonaro, Torres, Braga Netto, Heleno e Valdemar
Depoimento simultâneo será sobre suposta associação criminosa para a tentativa de um golpe de Estado
A Polícia Federal (PF) ouve simultaneamente, nesta quinta-feira (22), o ex-presidente Jair Bolsonaro; os ex-ministros Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Walter Braga Netto (Defesa); e o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto.
Os depoimentos estão marcados para às 14h30, na sede da PF, em Brasília.
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Também serão ouvidos os ex-assessores de Bolsonaro Marcelo Costa Câmara e Tércio Arnaud. Ao todo, 11 pessoas participam da oitiva.
Confira os nomes de todos que serão ouvidos:
- Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
- General Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;
- Anderson Torres, ex-ministro da Defesa e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;
- General Augusto Heleno, ex-ministro da Defesa;
- General Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil;
- General Mário Fernandes, ex-ministro interino da Secretaria Geral da Presidência;
- Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Bolsonaro;
- Tércio Arnaud, ex-assessor de Bolsonaro;
- Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL);
- Cleverson Ney Magalhães, militar lotado no Comando de Operações Terrestres do Exército;
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha.
A PF já havia adotado a estratégia de realizar os depoimentos de forma simultânea na investigação sobre a venda de presentes que foram recebidos por Bolsonaro enquanto presidente do país.
Silêncio de Bolsonaro
A expectativa é de que Bolsonaro permaneça em silêncio. O ex-presidente acionou a Justiça duas vezes pedindo acesso aos autos da operação batizada de Tempus Veritatis. A defesa alega que o ex-presidente não pode falar sem saber todos os elementos de prova da investigação — incluindo a delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes concedeu acesso a parte das informações solicitadas e negou pedido de adiamento do depoimento do ex-presidente. A defesa de Bolsonaro recorreu e, mais uma vez, Moraes disse não na noite da última quarta-feira (21), véspera da oitiva.
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