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Política

Alcolumbre trava pauta da CCJ e desagrada oposição no Senado

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Depois de pautar projetos como o do marco temporal e a PEC que limita decisões de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Davi Alcolumbre (União-AP) resolveu travar pautas polêmicas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A movimentação ocorre em meio às articulações para concorrer a presidência do Senado em fevereiro do ano que vem.

Nesta quarta-feira, 6, por exemplo, Alcolumbre presidiu pela primeira vez uma reunião do colegiado neste ano. Até então, o senador havia se ausentado dos dois encontros realizados pela CCJ. A participação dele ocorreu um dia após o encontro com o presidente Lula (PT) no Palácio da Alvorada.

Nessa estratégia, o presidente da CCJ já indicou que pretende segurar a votação de propostas como a as PECs que criminaliza as drogas e a que trata sobre o mandato de ministros para o STF. Como mostramos, o projeto sobre as drogas entrou em compasso de espera por meio do aval do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

A condução de Alcolumbre na CCJ, no entanto, tem gerado críticas por parte dos senadores. Nesta terça 5, durante discussão na Comissão de Segurança Pública (CSP) do Senado, Styvenson Valentim (Podemos-RN) chamou o colegiado de “poço sem fundo”.

“É bom fazer essa alteração agora, porque na CCJ vai cair lá no poço sem fundo e não vai ser discutido”, disse Styvenson diante de uma sugestão de ajuste em um projeto que trata da criminalização da corrupção privada.

O presidente da CSP, Sérgio Petecão (PSD-AC), defendeu que Alcolumbre seja cobrado sobre a relevância do tema.

“Aqui é uma correria, trabalhamos e não faltamos um dia. Aí o projeto vai e estanca na CCJ, o que não tem sentido. Temos que marcar urgentemente uma conversa com o presidente da CCJ para que aos projetos ele possa dar continuidade, porque senão não tem sentido o trabalho que está sendo feito aqui”, avaliou.

Opositor declarado do presidente da CCJ, o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) criticou a atuação de Alcolumbre. “A CCJ na presidência de Alcolumbre funciona da mesma forma que ele conduziu a presidência do Senado: apenas para atender a interesses pessoais dele”, disse.



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