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Atentado contra o Fortaleza completa 10 dias sem punição aos autores

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Passados 10 dias do atentado contra o ônibus do Fortaleza, nenhum dos autores foi punido. Em nota enviada à Itatiaia, a Polícia Civil de Pernambuco informou, na última quinta (29), que o caso segue sob investigação da Delegacia de Repressão à Intolerância Esportiva, mas “não é possível fornecer detalhes no momento”.

 

Ônibus do Fortaleza é atacado

No dia 21 de fevereiro, o ônibus com a delegação do Fortaleza foi atacado a 7 quilômetros da Arena de Pernambuco, localizada em São Lourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife (PE). O time havia acabado de empatar com o Sport, em 1 a 1, pela 4ª rodada da fase de grupos da Copa do Nordeste. O ataque foi feito com pedras e uma bomba caseira.

De acordo com nota divulgada pelo Leão do Pici na manhã seguinte, seis jogadores ficaram feridos: o goleiro João Ricardo, os laterais Gonzalo Escobar e Dudu, os zagueiros Titi e Brítez e o volante Lucas Sasha. Escobar apresentou o caso mais grave, com um profundo ferimento no supercílio e cortes no rosto.

Todos eles foram encaminhados para o hospital mais próximo. No dia seguinte, voltaram com o restante da delegação para Fortaleza. O atacante Marinho e o lateral-direito Tinga relataram momentos de terror, e o CEO da SAF do clube, Marcelo Paz, garantiu que o time não entraria em campo até os culpados serem punidos.

 

Autoridades se posicionam

Prontamente, o fato repercutiu e causou uma grande comoção no mundo do futebol. Diversos clubes se solidarizaram com o Tricolor e pediram punições enérgicas contra os envolvidos.

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, do PSDB, garantiu, em texto publicado nas redes sociais, que não descansaria até encontrar os culpados. “As pessoas responsáveis por esse ato não são torcedores, são criminosos. Futebol e violência não devem se misturar jamais”, escreveu a gestora, em sua conta oficial no “X”, antigo Twitter.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) emitiu uma nota de repúdio após o atentado. “A CBF seguirá implacável na cobrança e nas ações para que todo e qualquer ato de violência seja varrido do futebol brasileiro”, disse o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues.

 

Polícia Civil identifica ‘algumas pessoas’

A Polícia Civil de Pernambuco falou pela primeira vez sobre o caso no dia 23 de fevereiro. O chefe da corporação, Renato Rocha, revelou que “algumas pessoas” envolvidas no ataque foram identificadas, sem especificar quantas ou quais.

“Estamos com um prognóstico bom da investigação e acreditamos que vamos chegar aos responsáveis (…) Já temos algumas pessoas identificadas. Eu gostaria de não falar [quantos] agora para não atrapalhar. Temos um número. Não é uma pessoa só. Acreditamos que vamos chegar a uma organização”, afirmou, em imagens realizadas pela Rede Globo.

 

Sport é punido

Também no dia 23, o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), José Perdiz, determinou que os jogos do Sport válidos por competições da CBF deverão ser realizados de portões fechados.

O entendimento de Perdiz foi de que “o Sport deveria providenciar a segurança e integridade de todos os envolvidos, principalmente durante o trajeto de ida e saída da praça desportiva”.

O presidente do Leão da Ilha, Yuri Romão, em pronunciamento oficial, chamou a decisão de “arbitrária” e prometeu tentar revertê-la “pelos meios legais”. “Estão punindo um clube de Pernambuco, do Nordeste, apenas por conta do seu CEP”, acusou.

 

Homem confessa participação

No dia 26 de fevereiro, um homem confessou à Polícia ter participado do atentado contra o Fortaleza. No entanto, como não houve flagrante, ele foi liberado pela corporação. A identidade e as características do autor não foram reveladas.

“A Polícia Civil de Pernambuco informa que segue com as diligências de investigação do caso e está realizando oitivas de testemunhas e suspeitos. Um deles confessou participação na ação do dia 21/02/24 e continuam as investigações para a identificação dos demais envolvidos”, dizia nota enviada à Itatiaia.

Nesta quinta, em novo contato com a reportagem, a Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação da Delegacia de Repressão à Intolerância Esportiva. “Não é possível fornecer detalhes no momento”, diz o texto.

O Fortaleza voltará a campo após o atentado pela primeira vez neste domingo (3), às 20h30 (de Brasília). O adversário é o Fluminense-PI, pela primeira fase da Copa do Brasil.



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