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Justiça

Comando Vermelho quer seus homens de volta

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O Comando Vermelho (CV) está financiando uma rede de apoio para ajudar na fuga dos dois detentos foragidos da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Segundo a Folha de S.Paulo, a investigação da Polícia Federal aponta que a rede criada pela facção criminosa auxilia os fugitivos Rogério da Silva Mendonça, o Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, o Deisinho, a se manterem em áreas rurais, fornecendo apoio para alimentação, bebidas, transporte e armas de fogo.

Ainda de acordo com a apuração, a dupla de criminosos fez contato com membros do Comando Vermelho dois dias após a fuga, em 16 de fevereiro, quando fizeram reféns na zona rural de Mossoró e tiveram acesso a aparelhos celulares.

Após a ligação, os bandidos receberam o suporte de um morador da cidade, que foi preso por pegar um carro no Ceará e o levar até Baraúna, também no Rio Grande do Norte, onde foi entregue aos fugitivos.

A investigação mostra haver indícios de que o suspeito também integra o Comando Vermelho, assim como Rogério e Deibson, e que ele teria recebido 4.500 reais para fazer o serviço.

Desde o início das buscas, pelo menos seis pessoas foram presas por integrar a rede de apoio montada pelo Comando Vermelho. Na quinta-feira, 29, um homem foi preso em Fortaleza, no Ceará, sob suspeita de ajudar os detentos.

 

Tudo dominado (por PCC e CV)

Um levantamento realizado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública apontou a existência de 70 facções criminosas no sistema carcerário brasileiro. As principais —Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV)— atuam em 24 estados e no Distrito Federal.

Em 2023, o CV estava presente em presídios de 21 estados, seis a mais do que em 2022. Já o PCC estava em 23 estados, dois a mais do que no ano anterior.

Com dados da Rede Nacional de Inteligência Penitenciária, a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) mapeou o poder das facções criminosas, identificando 21 delas como de alto impacto. Esse cálculo considera fatores como a atuação de advogados, a força financeira, a estrutura hierárquica, a quantidade de aliados e inimigos dentro do sistema prisional.

Considerado mais difícil de monitorar por não ser tão organizado quanto o PCC, que possui contabilidade dos membros da facção e até mesmo das armas presentes nas unidades prisionais, o Comando Vermelho teve um crescimento expressivo ao se expandir para o Norte e Nordeste do país.

Embora o governo Lula tivesse dados sobre o controle do Comando Vermelho no sistema carcerário brasileiro e sobre o crescimento da facção criminosa nas regiões Norte e Nordeste, nada fez para reforçar a segurança do presídio de segurança máxima de Mossoró antes da fuga de dois integrantes da facção criminosa na quarta, 14.

 



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