Explosão de casos de meningite no Paraná deixa o estado em alerta

O alarme foi dado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) após o registo de 82 casos e quatro óbitos de meningite este ano no Paraná. A meningite, uma inflamação das meninges, pode ser provocada por vírus, bactérias e fungos. Sintomas como febre, dor de cabeça, rigidez de nuca, mal-estar, náusea e confusão mental exigem assistência médica imediata. Se não diagnosticada rapidamente, a doença pode resultar em sequelas e até a morte dentro de 24 horas.

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O panorama da meningite no Paraná e no Brasil

De 2019 a 2023, o Paraná registrou 6.402 casos e 429 óbitos por meningite, segundo dados preliminares do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net). No Brasil, a doença é classificada como endêmica, com casos esperados ao longo do ano e ocorrências ocasionais de surtos e epidemias. Embora possa afetar pessoas de todas as idades, as crianças estão mais propensas a contraí-la.

Prevenção: a importância da vacinação

Um dos principais meios de prevenção da meningite é a vacinação. O Calendário Nacional de Vacinação dispõe de 19 imunizantes para crianças até dois anos. Cinco dessas vacinas oferecem proteção contra a meningite e podem ser encontradas em postos de vacinação e Unidades de Saúde de todo o Estado. No Paraná, a cobertura vacinal de crianças menores de dois anos da vacina meningo C foi de 81,32% em 2023. A meta é alcançar 90% a 95% de cobertura vacinal.

Medidas adicionais de prevenção

Além da vacinação, medidas como manter os ambientes ventilados, evitar aglomerações em lugares com ventilação restrita, cuidar da higiene e lavagem das mãos e usar etiqueta respiratória (cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar) também são essenciais para prevenir a doença.

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Sintomas e tratamento da meningite

Os sintomas da meningite variam entre crianças e adultos. Os pais devem estar atentos ao choro intenso, irritabilidade, recusa em se alimentar, febre alta, vômitos e convulsões nas crianças. Nos adultos, sintomas como febre alta, dor de cabeça, rigidez de nuca, mal-estar, náuseas, intolerância à luz, confusão mental e convulsões podem indicar a doença. Caso apresente esses sintomas, a recomendação é se dirigir imediatamente à unidade de saúde mais próxima para diagnóstico e início imediatos do tratamento.

A Sesa reforça que “a meningite é uma doença grave, pode deixar sequelas e até mesmo levar à morte, por isso, manter o calendário vacinal em dia em conjunto com as demais medidas de prevenção é essencial”.