Polícia
Oposição volta a criticar operações da PF no Congresso e pede fim de inquérito das Fake News
Parlamentares de oposição voltaram a criticar operações da Polícia Federal (PF) contra deputados, feitas no Congresso Nacional, e fizeram um ato com pedido para que o inquérito das Fake News seja encerrado no Supremo Tribunal Federal (STF). O movimento reuniu deputados e senadores nesta terça-feira (19), na Câmara dos Deputados.
Na avaliação do senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, decisões ligadas ao inquérito têm provocado desconforto aos que pensam “de forma diferente dentro do parlamento”. O político também disse que buscas e apreensões em gabinetes têm dificultado a atuação de congressistas.
“O parlamento hoje tem dificuldade em exercer papel em função da condução. Desde buscas e apreensões feitas em gabinetes até o cerceamento da palavra dos que pensam diferente”, declarou.
Em relação às buscas, o deputado Carlos Jordy (PL-RJ), líder da oposição na Câmara, pediu que uma resposta em relação aos mandatos da PF sejam definidas pelo Senado Federal. O movimento indica uma mudança na estratégia oposicionista, que apostava em uma proposta para frear operações por parte da Câmara.
Além das manifestações públicas, parlamentares divulgaram uma nota com críticas ao inquérito das Fake News, que está sob alçada do ministro Alexandre de Moraes.
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“O inquérito das Fake News transformou-se num poderoso mecanismo de censura, que vai ao encalço de quem critica as decisões do STF e do presidente Lula, legitimando perigosas perseguições a opositores políticos, sobretudo parlamentares, em razão de suas opiniões, em mais uma afronta à inviolabilidade dos mandatos, consagrada no art. 53 da Constituição Federal”, diz trecho do comunicado divulgado.
Indiciamento de Bolsonaro
O movimento de parlamentares veio no mesmo dia em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado pela PF, no caso ligado à suposta falsificação do calendário de vacinas. O caso foi citado na nota e em pronunciamentos de parlamentares. Marinho questionou que a decisão ligada a processos tem sido seletiva, por ter vindo a público mesmo com o inquérito sob sigilo.
“Existe já uma situação de pré-julgamento. Está claro na declaração dos que vão julgar o ex-presidente dizendo que ele é culpado. Esta é a nossa principal preocupação. É mais um vazamento”, avaliou o senador a jornalistas, após o ato no Congresso. “Normalmente o que a gente sabe não é pelos autos dos processos, mas por vazamentos”, emendou, em outro momento.
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