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Passos de Maduro rumo às eleições estão “na direção errada”, diz autoridade dos EUA

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O subsecretário de Estado dos Estados Unidos para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Brian A. Nichols, afirmou que o governo Maduro está tomando medidas “na direção errada”.

“Os Estados Unidos assumiram um ‘risco calculado’ ao negociar com o governo venezuelano, mas concluíram que o status quo na Venezuela é mau para os EUA, bom para os nossos adversários e não fará avançar a causa da democracia”, adicionou.

Nichols fez as declarações em um fórum organizado pelo grupo de reflexão Sociedade das Américas/Conselho das Américas (Ascoa), em Washington.

O subsecretário afirmou que “a recusa de Maduro em restaurar os direitos políticos dos candidatos, como a vencedora das primárias da oposição, María Corina Machado, e o assédio e prisão de muitos dos seus apoiadores são passos na direção errada”.

A autoridade acrescentou que “apesar dessas ações recentes, continuamos comprometidos em apoiar o progresso democrático da Venezuela e, juntamente com os membros da comunidade internacional, em insistir no direito da oposição venezuelana de escolher o seu candidato e no direito do povo venezuelano de elejer seu próximo presidente”.

Em janeiro, o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela barrou a candidatura de Machado, ao ratificar uma inabilitação de 15 anos que a Controladoria-Geral da República lhe havia imposto em junho de 2023 por supostamente não ter incluído em sua declaração juramentada de patrimônio o pagamento de bônus alimentares.

Ela rejeita as acusações e sustenta que a decisão é ilegal. Machado se consolidou como única candidata da oposição em outubro ao vencer as primárias da oposição com 92,93% dos votos.

O Conselho Nacional Eleitoral anunciou na terça-feira (5) a data das eleições presidenciais para 28 de julho. A realização de eleições presidenciais no segundo semestre de 2024 faz parte dos Acordos de Barbados, que o governo Maduro e a oposição assinaram em outubro passado.

Machado reagiu ao anúncio do Conselho Nacional Eleitoral dizendo que Maduro pretendia “ignorar” os direitos dos venezuelanos ao continuar com um processo que a mantém inabilitada, uma decisão que considera injusta.

O governo venezuelano não comentou as declarações de Nichols. A CNN tentou entrar em contato com o ministério das Relações Exteriores para saber sua posição, mas não obteve resposta

 



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