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Política

Senado convida Prates para falar sobre interferência do governo na Petrobras

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A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira (12) um convite ao presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, para responder perguntas sobre suposta interferência do governo federal na petroleira. O colegiado vai agendar uma data para a audiência. Por se tratar de convite, o dirigente da estatal não é obrigado a comparecer.

O convite da CAE acontece em meio à crise provocada por uma decisão do Conselho de Administração da Petrobras, que impediu o pagamento de dividendos extraordinários para acionistas, o que levou à brusca queda no valor das ações da estatal. Ela teve uma perda de R$ 55 bilhões em valor de mercado em um único dia.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enfatizou em entrevista na segunda-feira (11) que a Petrobras deve considerar não apenas os interesses dos acionistas, mas principalmente os da população. Ele também fez críticas ao mercado financeiro, caracterizando-o como um “rinoceronte, um dinossauro voraz que busca tudo para si e nada para o povo”.

No mesmo dia, Lula recebeu Prates no Palácio do Planalto. Nenhum dos dois falou publicamente sobre a reunião. Mas o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, fez uma declaração à imprensa em resposta à perda bilionária da Petrobras. A declaração ocorreu em frente ao Ministério da Fazenda, onde Silveira estava acompanhado por Fernando Haddad.

“Queremos uma Petrobras perene, segura para o investidor e que sirva também como determina a lei das estatais”, afirmou Silveira. Durante a declaração, ele falou que os acionistas da Petrobras “sabem que o governo é o controlador” da empresa. Silveira e Haddad participaram da uma reunião de Lula com Prates, que ainda teve a presença do ministro da Casa Civil, Rui Costa, além de diretores do conselho da estatal. O encontro durou três hora e meia.

A proposta de convocação de Prates para falar à CAE foi apresentada pelo senador Sergio Moro (União Brasil-PR), que, quando era juiz federal em Curitiba, condenou dirigentes da Petrobras e políticos de diversos partidos, incluindo o PT do presidente Lula, por esquemas de corrupção na estatal, no bojo da operação Lava Jato.



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