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Venezuela: oposição consegue inscrever candidato provisório à eleição

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A Plataforma Democrática Unitária, principal força de oposição da Venezuela, informou ter conseguido inscrever uma candidatura para as eleições nesta terça-feira (26/3). O pleito está marcado para julho.

A candidatura registrada pela aliança de oposição, no entanto, não é a de María Corina Machado, que havia sido barrada por ser considerada inelegível. O partido escolheu registrar, provisoriamente, Edmundo González Urrutia e prometeu seguir lutando pela candidatura de Corina. Ele é ex-embaixador venezuelano na Argentina.

“Continuamos a nossa luta incansável em defesa do direito dos venezuelanos de escolher e realizar eleições livres, competitivas e justas”, informou em publicação no X (antigo Twitter).

Pouco depois, a aliança de oposição fez outra postagem em que agradece a comunidade internacional pela reação ao impedimento do registro da candidatura. Há, inclusive, um agradecimento para o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

O Itamaraty criticou, nesta terça-feira (26/3), o governo da Venezuela por impedir a inscrição de Corina Yoris, candidata substituta da oposição ao governo de Nicolás Maduro.

Em nota, a pasta informou que a decisão de barrar a candidatura da indicada pela Plataforma Unitaria, “não é compatível com os acordos de arbados”. “O impedimento não foi, até o momento, objeto de qualquer explicação oficial”, acrescentou.

“O Brasil reitera seu repúdio a quaisquer tipos de sanção, que, além de ilegais, apenas contribuem para isolar a Venezuela e aumentar o sofrimento do seu povo”, reforçou o Itamaraty em nota.

Horas depois, o governo da Venezuela reagiu à nota. Na declaração, o país chama a manifestação brasileira de “cinzenta e intrometida” e e diz que “parece ter sido redigida pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos“.

“O governo venezuelano tem mantido uma conduta fiel aos princípios que regem a diplomacia e as relações amistosas com o Brasil, em nenhuma hipótese emite e nem emitirá juízos de valor sobre os processos políticos e judiciais que ocorrem naquele país, consequentemente, tem o moral exigir o mais estrito respeito pelo princípio da não ingerência nos assuntos internos e pela nossa democracia, uma das mais robustas da região”, diz a nota da Venezuela.



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