Política
Lira ataca Padilha, articulador de Lula: “desafeto” e “incompetente”
Relação entre Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, e Alexandre Padilha, ministro das Relações Insitucionais, é instável
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou, nesta quinta-feira (11/4), que Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais de Lula, é “incompetente”. A declaração foi feita durante evento da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) em Londrina, no Paraná.
No decorrer da agenda, jornalistas afirmaram que aliados de Lira votaram contra a prisão do deputado Chiquinho Brazão, acusado de mandar matar a vereadora Marielle Franco. O caso foi analisado em plenário e, mesmo com a campanha de aliados de Lira, a Câmara decidiu manter Brazão detido.
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Em Londrina, Lira foi questionado se a decisão da Câmara o enfraquece politicamente. O presidente da Casa afirmou que essa hipótese é fruto de comentários de Alexandre Padilha. Ele disse que o ministro é um “desafeto pessoal”.
“Essa notícia hoje que você está tentando verbalizar, porque os grandes jornais fizeram, foi vazada do governo e basicamente do ministro Padilha, que é um desafeto, além de pessoal, incompetente. Não existe partidarização. Deixei bem claro que ontem a votação era de cunho individual, cada deputado responsável pelo voto que deu, não tem nada a ver. Os partidos liberaram, em sua maioria, as posições. É lamentável que integrantes do governo, interessados na estabilidade da relação harmônica entre os Poderes, fiquem plantando essas mentiras, essas notícias falsas que incomodam o parlamento”, frisou Lira.
A relação entre a Câmara dos Deputados e o articulador político de Lula enfrenta crise desde 2023. Padilha foi alvo de críticas por parte de Arthur Lira e líderes partidários, que chegaram a pressionar o governo pela troca de ministro.
Caso Chiquinho Brazão
Lira afirmou que o placar da votação sobre o caso de Chiquinho Brazão mostra que a Câmara dos Deputados está “incomodada” com o Supremo Tribunal Federal (STF). O placar da votação foi de 277 votos favoráveis para manter a prisão determinada pela Suprema Corte. Foram apenas 20 votos acima dos 257 necessários para referendar a prisão.
“Só foram 20 votos acima do mínimo. A Câmara deixou claro que está incomodada com algumas interferências do Judiciário no seu funcionamento, sem nenhum tipo de proteção a criminosos. Não podemos pré julgar. O julgamento do deputado acontecerá no Conselho de Ética e na Justiça. A votação de ontem era para saber se ele permaneceria preso ou solto. Isso nada influencia em votações, em base aliada, muito menos em eleições da Câmara que vamos tratar somente em setembro”, afirmou o deputado.
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