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Polícia

Marajó registrou 40 casos de violência sexual contra menores nos primeiros 48 dias do ano

Dados obtidos com exclusividade pelo SBT mostram que, em 2023, foram mais de 450 denúncias de agressão contra crianças e adolescentes no arquipélago do Pará

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Dados divulgados com exclusividade ao SBT mostram que, de 1º de janeiro a 17 de fevereiro deste ano, foram registrados 40 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes no Arquipélago de Marajó, no Pará. As informações são da Secretaria de Segurança Pública do Estado. Ainda conforme o levantamento, em 2023, foram 452 agressões contra menores na região – o equivalente a mais de uma ocorrência por dia.

O arquipélago é formado por 16 municípios: Afuá, Anajás, Bagre, Breve, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras, Portel, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista e Soure. Três deles – Melgaço, Chaves e Bagre – têm os menores Índices de Desenvolvimento Humano do país.

A filha de dona Bena Maia foi uma das centenas de vítimas da violência no Marajó. Vanessa Maia, de 14 anos, foi uma das vítimas de Willians Feitosa, que está preso. “Ele matou minha filha, jogou minha filha dentro da fossa. Ele estuprou minha filha. Só eu seu o que eu estou sofrendo”, desabafa a mãe. O crime aconteceu em Melgaço, no Marajó.

Para o presidente da Comissão de Direitos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Pará, José Maria Vieira, são necessárias ações de combate mais efetivas do estado. “É muito importante que o Governo Federal, Governo Estadual e municípios olhem para as mulheres do Marajó e para as crianças do Marajó. E também uma postura do próprio judiciário e da polícia, para que esses crimes sejam julgados, e que sejam dadas as punições exemplares a esses crimes”, defendeu o advogado.



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