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Representante do X/Twitter Brasil, que manteve contato com Felipe Neto, renuncia ao cargo

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Diego de Lima Gualda, que atuava como diretor jurídico do Twitter/X para a América Latina, desligou-se da empresa após revelações do “Twitter Files Brazil”. Sua saída foi oficializada na segunda-feira, 8, conforme registro na Junta Comercial de São Paulo, mas divulgada somente neste sábado (13).

Gualda, que assumiu a posição em junho de 2021, atualizou recentemente seu perfil no LinkedIn, indicando que deixou a empresa em abril deste ano. Sua renúncia ocorre logo após a divulgação dos “Twitter Files Brazil” pelo jornalista norte-americano Michael Shellenberger em 3 de abril. Os documentos expuseram a pressão exercida pelo Poder Judiciário brasileiro sobre a plataforma durante o processo eleitoral de 2022, incluindo exigências para a exposição de dados dos usuários, remoção de perfis e monitoramento de hashtags.

No material divulgado, Gualda é mencionado como uma figura central da empresa para navegar entre as demandas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e da Polícia Federal. Em emails enviados em março de 2022, ele discutiu as investigações da PF sobre certas hashtags e a pressão do TSE para acessar informações confidenciais dos usuários. Gualda revelou ter se encontrado com um juiz, sob intensa pressão do TSE, embora não tenha especificado o nome do magistrado nos emails. Shellenberger, porém, afirma que o encontro foi com o ministro Alexandre de Moraes, membro do Supremo Tribunal Federal (STF) e futuro presidente da corte a partir de agosto de 2022.

A série de eventos levou Elon Musk, que adquiriu a rede social em outubro de 2022, a intensificar suas críticas ao Judiciário brasileiro, ao ministro Moraes e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, destacando ações que classificou como censura e autoritarismo.

Antes de sua passagem pelo Twitter/X, Gualda acumulou experiência significativa em mídias digitais e tecnologia. Formado em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e mestre em Ciências Políticas pela Universidade de São Paulo, trabalhou como conselheiro jurídico e gerente no Yahoo e como gestor jurídico no aplicativo 99. Também foi sócio no escritório Machado Meyer Advogados e lecionou Direito, Sociologia e Ciências Políticas na Universidade São Judas Tadeu.



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