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Justiça

STF Pode vetar anistia aos acusados do 8/1, Indica Moraes

Declaração foi dada durante entrevista em Portugal

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou, nesta sexta-feira (28), em Lisboa, que uma possível anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 poderá ser revista pela corte. As informações são do Estadão.

Moraes foi questionado sobre a proposta de anistia do Congresso Nacional, na qual políticos da oposição se manifestam em apoio aos presos pelo episódio de invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. Na resposta, o ministro disse que, ainda que o tema seja aprovado pelo Legislativo, será o STF quem dará a última palavra.

– Vamos aguardar. Quem admite ou não anistia é a Constituição Federal, e quem interpreta a Constituição é o Supremo Tribunal Federal – declarou Moraes.

As declarações foram feitas durante uma entrevista à imprensa no 12º Fórum de Lisboa, em Portugal. Na ocasião, Moraes defendeu a condenação de todos os que participaram do ato.

– O Supremo Tribunal Federal vai garantir a responsabilização de todos os culpados pelo dia 8 de janeiro.

Em uma declaração contundente durante sua visita a Lisboa nesta sexta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), trouxe à tona um tema de grande relevância para o cenário político brasileiro: a possível anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Em uma entrevista concedida ao Estadão, Moraes expressou sua preocupação com a proposta de anistia que vem sendo discutida no Congresso Nacional, destacando que, caso essa medida seja aprovada, caberá ao STF a palavra final sobre sua aplicação.

O episódio de invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, que ocorreu no início de 2023, provocou uma série de repercussões políticas e jurídicas profundas no Brasil. Políticos da oposição têm se manifestado em apoio aos presos envolvidos, defendendo a anistia como um ato de reconciliação e pacificação nacional. No entanto, para muitos setores da sociedade e do próprio Judiciário, a concessão de anistia a indivíduos envolvidos em atos de violência contra instituições democráticas representa um desafio aos princípios de justiça e legalidade.

Durante o evento em Lisboa, Moraes foi questionado sobre a viabilidade e os impactos dessa possível anistia. Ele ressaltou que, mesmo que o Congresso Nacional venha a aprovar essa medida, caberá ao Supremo Tribunal Federal a decisão final sobre sua constitucionalidade e aplicação efetiva. “O STF é a guarda da Constituição. Qualquer decisão que viole seus princípios fundamentais estará sujeita à revisão da corte”, afirmou o ministro.

A discussão sobre anistia para os envolvidos nos eventos de janeiro de 2023 tem polarizado o país, dividindo opiniões entre aqueles que defendem a reconciliação e aqueles que temem pela fragilização das instituições democráticas. Para os defensores da medida, a anistia poderia representar um gesto de unificação nacional, permitindo que os envolvidos retomem suas vidas sem o peso de processos judiciais pendentes.

O debate sobre a anistia ganhou ainda mais relevância após manifestações de políticos da oposição no Congresso Nacional. Líderes partidários têm argumentado que a concessão de anistia é essencial para restaurar a paz social e política no país, permitindo que os envolvidos nos eventos de janeiro de 2023 possam reconstruir suas vidas e contribuir positivamente para a sociedade brasileira.

Enquanto isso, a sociedade brasileira aguarda com expectativa o desfecho dessa questão complexa e delicada. Movimentos sociais, organizações da sociedade civil e cidadãos comuns têm se manifestado de maneira intensa, expressando suas opiniões e preocupações sobre os rumos do país.

 



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