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Polícia

PF investiga grupo criminoso que movimentou R$ 20 milhões em fraudes bancárias no exterior usando malware

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A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (30) a operação “Grandoreiro” para investigar um grupo criminoso envolvido em fraudes bancárias eletrônicas, utilizando malware bancário, com vítimas no exterior. Desde 2019, a estrutura criminosa é suspeita de movimentar pelo menos 3,6 milhões de euros, aproximadamente R$ 20 milhões, por meio de fraudes.

Agentes estão cumprindo cinco mandados de prisão temporária e 13 de busca e apreensão em São Paulo, Santa Catarina, Pará, Goiás e Mato Grosso. Além disso, estão sendo executadas ordens judiciais de apreensão e bloqueio de bens e valores.

A investigação revela que os suspeitos utilizavam um malware, um software projetado para causar danos a computadores, para acessar remotamente os computadores de clientes de um banco espanhol. Dessa maneira, os criminosos conseguiam furtar valores de forma online.

Segundo o Caixa Bank, instituição financeira espanhola, além dos prejuízos já causados, foram identificadas tentativas de fraude com o malware bancário brasileiro que totalizariam 110 milhões de euros em prejuízo.

As apurações começaram com informações fornecidas pelo Caixa Bank, que apontou programadores e operadores do malware bancário no Brasil.

“Os investigados utilizavam servidores na nuvem para hospedar a infraestrutura das campanhas do malware Grandoreiro. A utilização de programas de comando e controle permitia o acesso remoto aos computadores das vítimas, possibilitando os furtos de valores de forma cibernética”, informou a Polícia Federal em comunicado.

A infecção dos equipamentos das vítimas ocorria por meio do envio de e-mails com mensagens maliciosas (phishing), induzindo as vítimas a acreditarem em informações oficiais, como intimações judiciais, cobranças de faturas vencidas, notas fiscais, entre outros.

Quando as vítimas abriam o anexo ou clicavam no link para baixar o arquivo malicioso, o programa era executado em segundo plano, deixando o computador da vítima vulnerável aos criminosos. Os valores eram direcionados para contas de membros do grupo criminoso, que utilizavam indevidamente suas contas para movimentar os valores ilícitos.

A operação contou com o apoio da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) e a cooperação internacional da Polícia Nacional da Espanha, que forneceram informações para identificação dos criminosos. São investigados crimes de associação criminosa, furto qualificado mediante fraude em ambiente cibernético, invasão de dispositivo informático e lavagem de dinheiro.




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