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Economia

Itens tradicionais de Páscoa tiveram alta de quase 10%, diz FGV

Aumento no preço desses alimentos foi quase o triplo da inflação no período

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Aquele famoso “batatalhau” de Páscoa deve levar menos batata neste ano. Os produtos tradicionais do cardápio da Semana Santa estão quase 10% mais caros, segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A lista com 22 itens ficou 9,29% mais cara de março de 2023 a fevereiro de 2024, quase três vezes a inflação registrada do período, que foi de 3,5%.

Os maiores aumentos vieram de produtos que estão na mesa dos brasileiros o ano inteiro, como os ovos de galinha, que subiram 5,39%. A batata inglesa ficou ainda mais salgada, com alta de 31,96%.

Segundo André Braz, coordenador da pesquisa, o El Niño “intensificou ainda mais as ondas de calor e chuva”, sendo um dos responsáveis pela alta.

O maior vilão foi o azeite de oliva, que aumentou quase 39,82%. “Espanha, Portugal e Grécia reduziram muito a sua produção de azeite, por problemas climáticos, e isso afetou a oferta mundial”, diz Braz.

Alguns alimentos tiveram deflação, incluindo o bacalhau (-2,27%). Também estão mais em conta peixes como salmão (-8,93%), sardinha (-5,19%), e cação (-2,84%), mas, em cima da hora, principalmente o pescado fresco, deve subir.

A boa notícia é que a tendência é de queda dos preços após a Páscoa. “A próxima estação provavelmente vai oferecer uma condição climática mais favorável para a oferta de alguns produtos e isso pode favorecer a redução de preços”, afirma o pesquisador.



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