Economia
O crime compensou para a Odebrecht, segundo a revista The Economist
A revista The Economist publicou em sua última edição uma reportagem sobre o aumento da corrupção na América Latina. A matéria chama atenção para a reação do mundo político — ou o “antigo regime” — à Operação Lava Jato no Brasil, destacada pela suspensão de pagamentos de acordos firmados por Novonor (antiga Odebrecht) e J&F, ambas pelas mãos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Antonio Dias Toffoli.
Além de descrever a queda da Lava Jato, destacada entre os problemas que ocorrem em países como Peru, Haiti, México e Guatemala, a revista britânica aponta para um dado curioso: as multas impostas à Odebrecht, que mudou de nome para tentar se livrar do passado, foram menores do que os lucros provenientes das propinas desembolsadas.
Nas contas expostas pela Economist, foram impostos um total de 2,6 bilhões de dólares em multas à empreiteira em Brasil, Estados Unidos e Suíça, mas, de 2001 a 2016, a empresa lucrou 3,33 bilhões de dólares como fruto das propinas pagas em países como Colômbia, Peru, República Dominicana e Moçambique, além do Brasil, entre outros, calculadas em 788 milhões de dólares.
Comparação
A fonte é o estudo The Ways of Corruption in Infrastructure: Lessons from the Odebrecht Case. A comparação com os casos da Siemens e da Société Générale and Legg Mason só vai deixar o brasileiro ainda mais indignado.
De 1996 a 2007, a Siemens foi pega pagando 1,4 bilhão de dólares em propinas, em países como Argentina, Bangladesh e Venezuela, entre outros. Lucrou, por conta disso, no mesmo período, 1,1 bilhão de dólares, e foi multada na Alemanha e nos EUA em 1,6 bilhão de dólares.
Já a Société Générale and Legg Mason pagou 91 milhões de dólares em propinas na Líbia de 2004 a 2011, lucrou 523 milhões de dólares por conta disso e teve de arcar com um total de 860 milhões de dólares em multas na França e nos EUA como consequência da descoberta.
- CEO da Vale permanece no comando até fim de 2024, em meio à disputa pelo controle da empresa
- Barroso defendeu legalização do aborto em frente a bispo da Opus Dei
- Toffoli amplia derrotas na Lava Jato e em 24h favorecidos chegam a 32
Renegociação
Além da disparidade entre os valores, parte do pagamento devido pela Odebrecht (no Brasil) foi suspenso sob alegações de coação não comprovada, e negada, pelas próprias empresas envolvidas, em audiência de conciliação com o ministro do STF André Mendonça.
Além da suspensão, a Novonor terá a oportunidade de renegociar o pagamento.
Onde a corrupção parece um melhor negócio?
O Antagonista
-
Entretenimento2 dias atrás
Maju chora ao saber de afastamento da Globo e do Fantástico
-
Entretenimento3 dias atrás
Kayky Brito toma atitude contra Bruno de Luca meses após acidente
-
Política3 dias atrás
URGENTE: Deputada Amália Barros segue na UTI; estado de saúde é grave
-
Política1 semana atrás
Nikolas Ferreira dá invertida em Guga Noblat e vídeo viraliza
-
Justiça7 horas atrás
URGENTE: Câmara dos Estados Unidos aciona OEA sobre decisões de Moraes
-
Mundo1 semana atrás
Brasil e Uruguai: país vizinho expressou interesse em reaver territórios que considera seus por direitos históricos: Veja
-
Política3 dias atrás
URGENTE: Bolsonaro passa mal e é socorrido às pressas
-
Economia1 semana atrás
Programa Pé-de-Meia: Transformação social por meio do Cadastro Único