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Curiosidades

Ossada de adolescente e joias de 1.400 anos são descobertas na Inglaterra

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Um grupo de arqueólogos encontrou uma tumba de ao menos 1.400 anos na região de Lincolnshire, na Inglaterra. Nela, haviam sido enterradas uma criança e uma adolescente, assim como diversas joias.

A descoberta foi divulgada em 8 de janeiro pela Wessex Archaeology, instituição e empresa britânica que realiza serviços arqueológicos e de patrimônio no Reino Unido. As escavações fizeram parte do Viking Link, projeto concluído em 2023 que ligou um cabo elétrico terrestre e marítimo entre a Dinamarca e o Reino Unido.

A jovem e a criança haviam sido postas na mesma cova, e estavam deitadas de lado. Ao redor da cabeça e do peito da adolescente, estavam dois pequenos pingentes de ouro com granadas, um delicado pingente de prata com uma peça de âmbar, duas pequenas contas de vidro azul e um broche em formato de anel.

À direita: Contas de vidro turquesa claro translúcido em formato de rosquinha; À esquerda: Pingente anglo-saxão feito de ouro e granada. As peças foram encontradas em tumba com adolescente e criança em cemitério anglo-saxão — Foto: Wessex Archaeology

À direita: Contas de vidro turquesa claro translúcido em formato de rosquinha; À esquerda: Pingente anglo-saxão feito de ouro e granada. As peças foram encontradas em tumba com adolescente e criança em cemitério anglo-saxão — Foto: Wessex Archaeology

Na área em que essa tumba foi detectada, os pesquisadores acharam ossadas de outras 18 pessoas e mais objetos de sepultamento, incluindo facas vasos de cerâmica. Com base nos 250 artefatos desenterrados, os especialistas determinaram que o cemitério data dos séculos 6 e 7 d.C.; porém, há evidências de que essa região já era uma paisagem funerária desde a Idade do Bronze (entre 1300 a.C. e 700 a.C, aproximadamente).

De acordo com Jacqueline McKinley, osteoarqueóloga principal da Wessex Archaeology, vários outros cemitérios anglo-saxões já foram descobertos em Lincolnshire. Porém, a maioria deles foi achada décadas atrás, quando o foco dos pesquisadores era os objetos encontrados nas sepulturas, e não as pessoas enterradas.

“É empolgante que possamos empregar vários avanços científicos aqui, como análises isotópicas e de DNA”, ela comentou, em comunicado. “Isso nos dará uma compreensão muito melhor desta população, incluindo sua mobilidade, seu histórico genético e até mesmo sua dieta.”

As análises de isótopos e de DNA poderão, por exemplo, revelar se a adolescente e a criança enterradas juntas eram parentes ou não. Além disso, os especialistas agora querem estudar os artefatos encontrados e o arranjo do cemitério anglo-saxão para entender fatores econômicos, culturais e sociais que afetaram essa comunidade, como a possível importação de produtos exóticos.

Desde 2020, pesquisadores analisaram 50 sítios arqueológicos ao longo dos 765 km da rota do Viking Link. Além do cemitério em Lincolnshire, escavações do projeto ainda revelaram um carrinho de mão da Idade do Bronze e uma fazenda romano-britânica, entre outras relíquias e estruturas de séculos atrás.

“Foi surpreendente a quantidade de artefatos que encontramos ao longo da rota – o pingente anglo-saxão de ouro do cemitério [em Lincolnshire] foi um destaque, assim como o contato que fizemos com as comunidades locais para compartilhar o que encontramos”, compartilhou Peter Bryant, que liderou o Viking Link. “Foi muito interessante e empolgante ajudar a desenterrar os tesouros ocultos que permaneceram adormecidos por centenas de anos.”




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