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Economia

Campos Neto reconhece dificuldades do Banco Central: “O Banco Central está derretendo”

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Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, revelou que a instituição está enfrentando uma perda de sete funcionários diariamente, sendo que profissionais qualificados estão optando por deixar o BC devido a questões salariais. Mesmo diante do término de seu mandato em dezembro, ele expressou sua preocupação com o impacto na instituição, destacando que os bancos privados estão atraindo os profissionais mais qualificados.

– O Banco Central está derretendo – disse o presidente do Banco Central, que participa da posse de Flávio Dino como ministro do STF.

Segundo a Agência Brasil, os servidores do Banco Central fizeram na terça-feira uma paralisação de 48 horas, com o objetivo de “demonstrar a insatisfação e a unidade da categoria na busca por uma proposta satisfatória do governo quanto à pauta de valorização da carreira de Especialista”. Por causa disso, o BC adiou para esta quinta-feira a publicação do Boletim Focus.

 

O governo enfrenta desafios decorrentes de paralisações e greves por parte dos servidores. No Ministério do Meio Ambiente, os funcionários do Ibama interromperam suas atividades. Ao ser questionado sobre o assunto em uma entrevista à GloboNews, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo está monitorando de perto essas questões, mas precisa equilibrar diversas demandas simultaneamente.

– Vamos lembrar que depois de quatro anos, o primeiro reajuste real que foi dado foi o ano passado, de 9% de reajuste para todas as categorias, um reajuste linear. Então não é que nós estamos desatentos a essa questão, nós estamos atentos. Nós temos que equilibrar muitos pratos simultaneamente. Tem uma herança que precisa ser administrada. São muitas demandas reprimidas. A pior coisa que pode acontecer é sermos tomados pela ansiedade de querermos resolver tudo em 12 meses. Nós não vamos. Temos uma herança que precisa ser administrada. São muitas demandas reprimidas. A pior coisa que pode acontecer é sermos tomados pela ansiedade de querermos resolver tudo em 12 meses. Nós não vamos conseguir. Ao contrário, se nós tentarmos fazer isso, vamos colocar em risco o crescimento sustentável do país. Isso não é negar a legitimidade daqueles que estão reclamando pelo descaso dos últimos anos. Tanto é que algumas categorias já foram até contempladas e todo o serviço público com o reajuste linear do ano passado. Temos que ter um passo para isso e permitir que a economia respire um pouco.

Com informações de O Globo/MÍRIAM LEITÃO




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