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Helicóptero da ONU capturado por terroristas na Somália: o que sabemos até agora

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O destino do helicóptero da Organização das Nações Unidas (ONU) e de seus tripulantes, capturados pelo grupo terrorista Al-Shabab no início de janeiro na Somália, segue um mistério. A aeronave foi interceptada pelo grupo terrorista após realizar um pouso forçado, no último dia 10 de janeiro.

O grupo participava de uma missão de evacuação médica entre as cidades Beledweyne e Wisil.

 

Segundo memorando da ONU, obtido por agências internacionais, nove pessoas que atuavam como funcionários terceirizados do órgão na Somália estavam a bordo do helicóptero, entre eles, dois somalis. O documento afirma que europeus e africanos faziam parte do voo, mas suas nacionalidades não puderam ser confirmadas.

Acredita-se que um dos tripulantes tenha sido morto. Além disso, seis pessoas foram levadas para um cativeiro e duas seguem desaparecidas, com grandes chances de que tenham conseguido escapar do ataque.

Questionado, a missão da ONU na Somália não deu maiores detalhes sobre a situação da aeronave ou o destino dos tripulantes.

“Vou me aprofundar para ver o que há [de novo]. Mas, apenas um aviso de que normalmente há muito pouco que podemos dizer sobre esses assuntos devido ao aspecto sensível de segurança”, disse Ari Gaitanis, chefe do Serviço de Informação Pública da Missão de Assistência das Nações Unidas na Somália.

O governo da Somália não respondeu às perguntas da reportagem sobre possíveis missões de resgate dos reféns. No entanto, o ministro da Informação do país, Daud Aweis, afirmou à Reuters no último dia 11 de janeiro que “o governo tem enviado esforços para resgatar a tripulação”.

O que é o Al-Shabab, responsável pelo sequestro de helicóptero

Ligado a Al-Qaeda, o Al-Shabab opera na Somália desde 2006 e tem como principal objetivo a construção de um Estado baseado na interpretação radical do Islamismo.

O grupo fundamentalista controla parte do Sul e do Centro da Somália. Os terroristas chegaram a estar no controle de boa parte da capital do país, Mogadíscio, do final dos anos 2000 até 2011, quando o Exército somali, aliado de tropas da União Africana, expulsaram o grupo da área.

Apesar de perder a influência no território somali, o grupo continua atuando no país, principalmente por meio de atentados. Um dos mais conhecidos aconteceu em 2017, quando o Al-Shabab foi apontado como responsável por um ataque que deixou ao menos 300 mortos na capital da Somália.

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