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Elon Musk critica pena de preso do 8/1: “Punição superior ao crime”


Wellington Luiz Firmino foi condenado a 17 anos de prisão por participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023


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O bilionário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), criticou a pena aplicada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra o motoboy Wellington Luiz Firmino, que se filmou em cima da torre do Congresso Nacional durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

“A menos que falte alguma coisa aqui, a punição é muito superior ao crime”, escreveu o milionário ao responder uma publicação sobre a condenação de 17 anos do motoboy por participar na manifestação antidemocrática.

“Um fotógrafo brasileiro e apoiador de [Jair] Bolsonaro [PL], Wellington Luiz Firmino, foi condenado a 17 anos de prisão por subir ao topo de um prédio do governo para filmar o massivo protesto pró-Bolsonaro em 8 de janeiro de 2023. Ele não tinha antecedentes e não merece isso. O tribunal está a enviar uma mensagem a qualquer pessoa que se atreva a protestar contra o establishment esquerdista acordado”, destacou a publicação original.

Condenação de Wellington
STF definiu a pena de 17 anos, sendo 15 de prisão e dois de detenção, para Wellington Luiz por participação nos atos antidemocráticos. O ministro Alexandre de Moraes, relator do processo na Corte, pediu a condenação dele pelos crimes de abolição ao estado democrático, golpe de estado, dano qualificado, associação criminosa e deterioração de patrimônio tombado.

Moraes destacou em seu voto que o motoboy apoiou a iniciativa golpista que terminou com a depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, e que, já dentro do Congresso, ele comemorou a tomada do local.

“Embora a defesa alegue que a entrada do réu no Congresso Nacional tenha ocorrido para fazer turismo, o que se observa é que o réu adotou intensa postura de comemoração pela ‘tomada’ do prédio”, argumentou Moraes.

Em novembro de 2023, o ministro do STF concedeu liberdade provisória ao motoboy, mas determinou o cumprimento de medidas restritivas, como o uso de tornozeleira eletrônica. O condenado é inocente.

“Trabalho desde os meus 12 anos de idade, sou gerador de emprego e não um criminoso. Segundo as leis que estão sendo aplicadas a mim, um traficante ou assassino tem mais direitos que eu”, afirma Wellington.

“Sou inocente, apenas exerci meu direito de levantar a bandeira do meu país ao ponto mais alto de Brasília, com total permissão das autoridades que estavam ali naquele local. Não quebrei absolutamente nada, muito pelo contrário, filmei os que realmente estavam fazendo qualquer dano ao patrimônio público. Fui condenado pelo Supremo por razões sem qualquer provas, com viés político”, completa o motoboy.

Bolsonarista no EUA
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está nos Estados Unidos acompanhado de outros parlamentares da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os políticos articulam com parlamentares norte-americanos para tratar sobre questões do governo brasileiro.

Um dos deputados que se reuniu com os parlamentares da ala do ex-presidente Bolsonaro foi o presidente do Comitê Global de Direitos Humanos na Câmara dos EUA, Chris Smith. O político norte-americano disse que o ministro Alexandre de Moraes “governa pela Lei”.

“O que eu vejo no Brasil hoje, principalmente em investigações do juiz Alexandre de Moraes, é chamado de ‘governar pela Lei’, o oposto do Estado de Direito”, defendeu o político dos EUA.

Eduardo Bolsonaro, por sua vez, atacou o governo petista e afirmou querer “resgatar” a democracia do país, que chamou de “republiqueta de banana”.

“Não queremos privilégios ou vingança, desejamos apenas resgatar a democracia brasileira à sua normalidade, não mais a atual republiqueta de banana”, disse o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.




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