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Economia

Vale: conselheiro que denunciou “influência política nefasta” volta atrás


Ex-conselheiro é alvo de apuração pelo Chief Compliance Officer da companhia e afirmou não dispor de elementos comprobatórios da denúncia


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O ex-conselheiro da mineradora Vale, Luciano Duarte Penido, afirmou em resposta a ofício da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) que não apontou irregularidades na empresas quando citou na carta-renúncia em que se afastou do Conselho de Administração da companhia que “o processo de sucessão da empresa tem sido “conduzido de forma manipulada, não atende ao melhor interesse da empresa, e sofre evidente e nefasta influência política“.

De acordo com comunicado ao mercado da Vale divulgado na manhã desta segunda-feira, 22, Penido teria enviado resposta em que diz que “a minha carta de renúncia não tinha por objetivo apontar irregularidades no processo de definição do presidente da companhia, o qual, a meu ver, vem sendo conduzido pelo Conselho de Administração em conformidade com a lei, o estatuto social, o regime interno e as políticas corporativas da companhia. A intenção era expor as razões pessoais que motivaram a minha renúncia“.

O documento divulgado pela empresa ainda aponta que o ex-conselheiro teria informa à CVM que “ao mencionar, em minha carta, a existência de vazamentos, manipulações, influências políticas e conflitos, estava me referindo ao que tomei conhecimento por meio das notícias veiculadas nos principais meios de comunicação do país a respeito do processo de definição do presidente da companhia. Não disponho de elementos comprobatórios do que a imprensa vem publicando”, diz o texto.

Penido, que era conselheiro da mineradora desde 2019, renunciou ao cargo no início do mês passado em meio a uma suposta tentativa do governo de emplacar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para o cargo de CEO da companhia no lugar de Eduardo Bartolomeu.

Na carta-renúncia, Penido alegava que o processo de sucessão da empresa era “conduzido de forma manipulada“, não atendia ao melhor interesse da empresa, e sofria “evidente e nefasta influência política“.

Nesse cenário, o ex-conselheiro concluiu o texto, à época, dizendo que “não acredita mais na honestidade de propósitos de acionista relevantes da empresa” e que “neste contexto, minha atuação como conselheiro independente se torna totalmente ineficaz, desagradável e frustante“.

A Vale informou ainda que as declarações de Penido estão sendo examinadas no âmbito da “apuração que segue sendo conduzida pelo Chief Compliance Officer da Companhia“.




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