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Mão de Lula na Petrobras deixa mercado em alerta
Notícia de que o presidente teria se envolvido diretamente na articulação para evitar distribuição de dividendos preocupa investidores
A semana começa com apreensão em torno das discussões sobre o destino do excedente de recursos da Petrobras. A decisão de alocar mais de 40 bilhões de reais em fundo de reserva de capital para distribuição de proventos no futuro desagradou investidores e elevou o grau de incerteza sobre a governança da petroleira.
Na sexta-feira, 8, as ações da estatal desabaram cerca de 10% na sessão, destruindo mais de 50 bilhões de reais em valor de mercado. A queda arrastou as ações do Banco do Brasil e o próprio Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, para território negativo.
Notícias posteriores, de que Lula teria envolvimento direto sobre a decisão da Petrobras, azedaram ainda mais o humor no mercado financeiro. Às 15h desta segunda, 11, o petista tem uma reunião com Jean Paul Prates, presidente da petroleira.
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Vale
No mesmo dia, após o fechamento, a Vale confirmou que será aberto processo para a sucessão de Eduardo Bartolomeu, atual CEO da mineradora, que terá o mandato extendido de maio a dezembro deste ano.
A empresa esteve sob ataque do governo federal nas últimas semanas, quando o Planalto tentou emplacar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para a vaga que seria deixada por Bartolomeu. Os investidores também digerem os avanços da mineradora na sessão desta segunda-feira, 11.
Além disso, a semana ainda tem dados econômicos importantes para os investidores acompanharem. Na terça-feira, 12, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de fevereiro, que deve acelerar para 0,78%, contra 0,42% em janeiro. A inflação mais forte deve alimentar as discussões sobre uma possível mudança na postura do Banco Central no corte da taxa de juros.
Juros
A discussão está em torno da manutenção da expressão “redução de mesma magnitude nas próximas reuniões” (que indica dois cortes de 0,5 ponto percentual nos encontros seguintes). Parte do mercado, acredita que o colegiado pode mudar a linguagem para o singular, o que seria entendido como um indicador de que a autoridade monetária pretende reduzir o ritmo de cortes da Selic, o que levaria a uma taxa básica de juros mais alta que o antecipado no fim do ano.
Na agenda corporativa, a temporada de resultados continua com Natura, Direcional e Localiza, depois do fechamento dos mercados nesta segunda-feira.
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