Governo
Estadão critica governo Lula por “má-fé” em nota sobre o Irã
Jornal criticou o posicionamento emitido pelo Itamaraty na noite de sábado sobre o ataque iraniano a Israel
Israel no último sábado (13), o jornal O Estado de São Paulo chamou de “mais uma prova de má-fé da diplomacia lulopetista” o fato de o governo brasileiro não ter condenado a postura belicosa do regime iraniano.
No texto, o veículo ressaltou que vários países condenaram imediatamente o Irã pelo ataque, enquanto o Brasil suavizou o ocorrido ao dizer que acompanhava “com grave preocupação” os “relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel”. Para o Estadão, até mesmo “para os padrões lulopetistas, é incomum tanto cinismo condensado numa única frase”.
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– A nota brasileira conseguiu a proeza de sugerir que foi a ação de Israel em Gaza que causou o “alastramento das hostilidades à Cisjordânia e a outros países, como Líbano, Síria, Iêmen e, agora, Irã”. É como se, pasme o leitor, todos esses países e territórios fossem vítimas, menos Israel, claro – protestou o jornal.
As críticas do Estadão, por sinal, não ficaram restritas ao governo em geral, mas se estenderam de forma pessoal ao próprio ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Para o jornal, o chanceler “ofendeu a inteligência alheia” ao sugerir que a nota brasileira tinha sido produzida quando ainda não havia uma extensão clara do ataque.
– Ora, no momento em que o Brasil se manifestava, as chancelarias do mundo inteiro já conheciam perfeitamente bem a extensão e a gravidade do ataque, inclusive o fato de que, não fossem a eficiência israelense e a ajuda de aliados e de países árabes, um sem-número de civis teria sido atingido – rebateu o veículo.
Ao final, o jornal disse ainda ser “constrangedor ver um diplomata de carreira com as credenciais de Vieira sujeitar-se a dar lustro ao tratamento privilegiado que o presidente Lula confere a ditaduras companheiras”, como os atos terroristas do Hamas, a agressão russa na Ucrânia e a “truculência chavista contra os venezuelanos”.
– Quando a torpeza moral se infiltra até a raiz dos cabelos, mesmo arremedos de platitudes humanitárias são vis. Vieira disse que “o Brasil condena sempre qualquer ato de violência”, desde que não parta dos companheiros do tal “Sul Global” – finalizou.
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