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Economia

Cidade dos Bitcoins: criptomoeda vira opção de pagamento em município do RS


Dinheiro, cartão ou bitcoin? Cerca de 40% dos estabelecimentos comerciais de Rolante, a 100 km de Porto Alegre, aceitam criptomoeda. Setores de serviços e saúde também aderiram à forma de pagamento.


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O município de Rolante, a 100 km de Porto Alegre, carrega dois títulos com orgulho: capital nacional da Cuca, um doce típico da comunidade alemã no RS, e terra natal do músico Teixeirinha. Um terceiro título, ainda pouco familiar aos moradores, está a caminho: a cidade dos Bitcoins.

Os comerciantes do município de 21 mil habitantes decidiram usar a criptomoeda para fomentar turismo. Cerca de 200 estabelecimentos (40% do comércio local) aceitam a moeda virtual como forma de pagamento. Até mesmo os setores de saúde e serviços operam com o Bitcoin.

“A gente pergunta, no dia a dia das transações financeiras, a forma de pagamento: se for em dinheiro, cartão, cheque… E agora tem a opção de perguntar também se é em Bitcoin”, diz Edson Reichert, dono de uma loja na cid

O Bitcoin é uma moeda emitida na internet e armazenada em carteiras virtuais, sem controle de governos ou instituições financeiras. A criptomoeda pode ser usada diretamente do consumidor par o vendedor, sem precisar passar por um banco, por exemplo.

Foi o ex-piloto de avião Ricardo Stim quem sugeriu à Associação Comercial de Rolante que o Bitcoin começasse a ser aceito no município. “A gente tem um ponto [que aceita a criptomoeda] pra cada 105 habitantes”, afirma.

Os empresários não têm um cálculo de quanto dinheiro o pagamento por Bitcoins movimentou em um ano na cidade. No entanto, apenas em um festival com a temática da moeda, que durou dois dias, o volume chegou a R$ 300 mil.

Em um escritório de contabilidade, os funcionários orientam os clientes sobre a novidade – inclusive como prestar contas ao Imposto de Renda.

“Na declaração, informar os seus Bitcoins que ele recebeu e não trocou ainda. Então, o saldo que ele tiver, ele tem que fazer a informação na declaração, tanto física quanto jurídica”, explica Eduardo Timmen, vice-presidente da Associação da Indústria, Comércio, Serviços e Agropecuária de Rolante e Riozinho.

É claro que nem todo mundo que vive em Rolante sabe o que é bitcoin. A aposentada Marli Lourdes Bornschmidt já ouviu falar da criptomoeda, mas desconhece como funciona sua operação.

“Pelo que eu entendi é uma moeda, não é? Pois é, mas eu não fiz uso dela e nem sei explicar o que significa”, fala.




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